Em reunião plenária virtual nesta quinta-feira, 27 de janeiro, servidores de dezenas de carreiras federais indicaram a continuidade das mobilizações no próximo mês em defesa da recomposição salarial. O encontro foi coordenado pelo Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado (Fonacate), do qual a ANPPREV participa, e pelo Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe).
As mobilizações começam já na próxima quarta-feira, 2 de fevereiro. Servidores promoverão ato simbólico em Brasília e espalharão faixas pelos órgãos e prédios públicos em todo o país. Ao longo do mês haverá novas atividades virtuais e uma jornada de lutas, entre os dias 14 e 25, com protestos conjuntos.
Além da definição do calendário unificado, os participantes da plenária virtual desta quinta-feira debateram a conjuntura política e os aspectos jurídicos da demanda remuneratória. O consultor legislativo Luiz Alberto dos Santos, em sua intervenção (veja a apresentação aqui), falou das perdas salariais acumuladas nos últimos anos, das dificuldades derivadas das regras fiscais vigentes, apontou caminhos alternativos para o atendimento do pleito da classe e questionou o discurso governamental de que não há espaço orçamentário para um reajuste.
"Não teremos problema com o teto, com Emenda Constitucional 109, com a LRF. Temos um problema contábil, já que o governo prefere usar recursos para outras necessidades", afirmou o especialista.
Também presente no evento, o ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) Cézar Britto avaliou que não há obstáculo jurídico para uma recomposição e destacou a necessidade de se superar o “obstáculo político” da questão no âmbito do Poder Executivo.