O Dia
Reajuste será o tema em discussão no próximo ano em todas as esferas: na União, estado e município. O funcionalismo federal avalia que, de acordo com o orçamento para 2022, há possibilidade de correção salarial. Diante disso, os servidores pretendem agendar reuniões com a equipe econômica do governo para tratar do assunto. As categorias do serviço público fluminense e da Prefeitura do Rio também querem avançar com a pauta.
Em âmbito federal, a revisão das remunerações dos servidores públicos ativos, aposentados e pensionistas já vem sendo defendida nas assembleias de entidades do setor. Em uma delas, realizada no último dia 13 pelo Fórum Nacional das Carreiras Típicas de Estado (Fonacate), especialistas no tema apontaram espaço no orçamento para reajuste de até 8%.
Na ocasião, o economista e presidente do Sindicato Nacional dos Auditores e Técnicos Federais de Finanças e Controle (Unacon Sindical) — que também faz parte do Fonacate —, Bráulio Cerqueira, analisou que se não houver reposição salarial agora, há perspectiva de congelamento das remunerações até 2023.
"A defasagem dos servidores públicos da União deve chegar a 20% no próximo ano. Se não começarmos a lutar por uma recomposição salarial, a perspectiva é ficarmos até 2023 com salários congelados", detalhou.
No Estado do Rio, as categorias afirmam que estão com defasagem de 40%, pois estão sem revisão desde meados de 2014. E articulam — por meio do Legislativo — uma recomposição linear, para servidores de todos os Poderes e órgãos.
Guedes: 'Com digitalização, salário será maior'
O ministro da Economia, Paulo Guedes, vem defendendo a digitalização como forma de modernizar a máquina pública, e também como um fator que possibilitará aumentos salariais.
Segundo Guedes, a solução para repor cargos vagos não é a realização de concursos públicos, mas sim digitalizar os serviços. Em audiência da comissão especial da Câmara que analisa a PEC 32, em 7 de julho, o ministro chegou a declarar que, se todo ano o governo "ficar contratando por concursos públicos 20, 30 mil pessoas", não haverá como aumentar salários. "Se botar tecnologia, a produtividade é maior e salário pode ser maior", afirmou.
Prefeitura do Rio sinaliza