Em reportagem publicada nesta quarta-feira, 30 de dezembro, O Estado de S. Paulo destaca que 13 órgãos do Executivo federal iniciaram a adesão permanente ao modelo de home office e outros 56 demostraram interesse na manutenção do sistema e já preparam normativos com essa finalidade. O movimento, conforme informa o texto, se deve, principalmente, pela economia significativa de recursos, que, em 2020, totalizou R$ 1,488 bilhão.
À reportagem, Rudinei Marques, presidente do Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado (Fonacate), integrado pela ANPPREV, destacou o resultado positivo também no incremento da produtividade e advertiu que a saúde do servidor deve estar entre as preocupações da Administração na expansão do teletrabalho. “O que teremos de acompanhar é em que medida essa nova sistemática vai impactar em questões trabalhistas, psicológicas e sociais. Sabemos, por exemplo, que no pós-pandemia devem aumentar os casos de distúrbios psíquicos, mas não temos notícias de que a Administração Pública esteja minimamente preparada para enfrentar essa situação”, afirmou.
Segundo estimativas do governo, dos 600 mil servidores na ativa hoje, 200 mil podem exercer suas atividades de forma remota. Para isso, conforme informou o secretário especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital, Caio Paes de Andrade, ao Estadão, primeiramente, o órgão deverá aderir ao sistema, apontando quais atividades podem ser exercidas à distância, e, depois, o servidor optará pela mudança. “Vamos manter o trabalho remoto agora não como obrigação, mas como uma conquista”, concluiu o secretário.