Folha de S. Paulo
Até o fim da noite deste domingo (7), o governo ainda não tinha voto suficiente entre deputados para o segundo turno da PEC dos Precatórios, nem voto suficiente no Supremo Tribunal Federal para derrubar a liminar da ministra Rosa Weber contra as emendas de relator, as chamadas RP-9.
A expectativa na Câmara é a de que nada aconteça antes do julgamento virtual do STF sobre o tema, que começa na madrugada desta terça (9) e vai até o fim da noite no mesmo dia.
O PDT marcou para 12h de terça reunião entre a executiva nacional e sua bancada de parlamentes. "A possibilidade de reverter os votos é bem provável", afirma Carlos Lupi, presidente da legenda.
Na semana passada, ele prometeu falar com um a um para votarem contra a PEC.
Do Supremo, os deputados passaram o fim de semana mapeando votos.
Na conta deles, os ministros Alexandre de Moraes e Ricardo Lewandowski precisam votar a favor dos políticos para que eles consigam de volta as emendas tão cobiçadas. A avaliação de parlamentares é a de que o STF está dividido.
O julgamento virtual só não terminará até 23h59 da terça se alguém pedir vista ou destaque (o que levaria para o plenário físico).
Como a corte está com dez ministros, há ainda chance de empate. Se isso acontecer, há interpretação de que esse resultado é pró-políticos pois, segundo a lei, seria necessária maioria para que a liminar seja mantida.