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ELEIÇÕES MUNICIPAIS

Primeiro “round” na luta em defesa do serviço público

  13/11/2020



Enquanto servidores públicos federais, nossa atenção sempre está voltada aos debates que ocorrem no Congresso Nacional e às decisões que vêm do Executivo Federal. Isso porque, tal como a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 32/2020, as deliberações nessas instâncias podem impactar diretamente nossa carreira e claramente trazem repercussão a toda a sociedade. Cientes disso, levantamos em 2018, por exemplo, na luta contra a reforma da Previdência, a campanha “Quem votar, não volta” e demostramos nossa força nas urnas. Naquele pleito, 80% dos deputados favoráveis à reforma na Comissão Especial não foram reeleitos. 

Agora, em 2020, temos, nas Eleições municipais, um novo chamado para agir em defesa da democracia e do serviço público. Por todo o Brasil, são mais de 500 mil candidatos, de diferentes espectros políticos e com as mais variadas plataformas. Há quem defenda a educação e outros têm como pauta principal a habitação, a saúde, a segurança pública, etc. Políticos de esquerda, de direita, de centro. Existem os tradicionais, que já fizeram carreira na política, e os novos, que tentam uma vaga pela primeira vez. Opções não faltam e em alguns municípios a concorrência é de 30 ou mais candidatos por vaga. 

Diante disso, cabe a nós ter ainda mais atenção e responsabilidade na escolha. Os vereadores e prefeitos eleitos terão, nos próximos quatro anos, a missão de cuidar das nossas cidades. Sabemos que só um Estado forte e eficiente é capaz de proporcionar qualidade de vida aos cidadãos. Portanto, não há respaldo em plataformas que atacam os servidores e os serviços públicos em nome de supostas melhorias, afinal, é por meio das nossas mãos que o Estado se faz presente na vida de cada brasileiro.

No estudo “O Lugar do Funcionalismo Estadual e Municipal no Setor Público Federal”, publicado, em 2019, pelo Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado (Fonacate), integrado pela ANPPREV, este apontou que nos estados e municípios estão as remunerações mais baixas do serviço público, a média varia de R$ 1.300,00 a R$ 2.500,00, sendo a menor registrada na região Nordeste. Por trás desses números, estão enfermeiros, professores, policiais, médicos, assistentes sociais e outros profissionais, que, muitas vezes, atuam sem as condições necessárias para o exercício de suas funções e, ainda assim, veem recair sobre eles a culpa de gestões ineficientes. Situação vivenciada também na esfera federal. Por fim, precisamos estar cientes de que essa eleição é uma prévia das Eleições Gerais. Veremos muitos desses políticos, em breve, pleiteando vagas no Senado e na Câmara federal.

O chamado, portanto, é para todos nós. Nosso voto faz toda a diferença. O Tribunal Superior Eleitoral adotou uma série de medidas para garantir a segurança dos eleitores em face da pandemia. Cada um deve levar sua própria caneta e a impressão do comprovante é facultativa, com o objetivo de evitar o contato. Para os mais idosos, a recomendação é que o comparecimento à zona eleitoral se dê entre 7h e 10h, para evitar aglomeração.

Vote, mas vote consciente. Vamos juntos fazer do Brasil um país melhor.





    

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