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Servidores definem calendário de mobilizações por reajuste


A greve está descartada no mês de janeiro, mas em fevereiro poderá acontecer a paralisação geral
  29/12/2021



Misto Brasília 

Os servidores da carreira típica de estado definiram hoje (29) um calendário de atuação em protesto contra a falta de reajuste salarial contra o governo de Jair Bolsonaro. A defasagem salarial seria de 27,2%.

Nos últimos 20 anos, a administração Bolsonaro seria a única a não conceder uma reposição de salário.

Em nota distribuída no início da tarde, o Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado (Fonacate) informou que os servidores públicos irão entregar cargos em comissão nos órgãos onde atuam. É uma tática já adotada pelos auditores fiscais da Receita Federal. Veja o conteúdo da nota logo abaixo).

No dia 18 de janeiro haverá o dia nacional de mobilização de várias categorias, segundo informou o presidente do Fonacate, Rudinei Marques. Até aquele dia, devem acontecer assembleias gerais por categoria.

Segundo o calendário definido na reunião virtual desta quarta-feira, nos dias 25 e 26 de janeiro haverá uma “onda de mobilização” dos servidores. Na primeira semana de fevereiro haverá uma avaliação do movimento e do posicionamento do governo, “para depois deliberar ou não por uma greve geral”, explicou Rudinei.

Nota do Fonacate

O Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado – Fonacate, composto por 37 entidades associativas e sindicais, que representam cerca de 200 mil servidores públicos, diante da ausência de política remuneratória do governo federal, no momento em que a maioria dos servidores federais está com remuneração congelada desde 2017, acumulando, desde então, perdas inflacionárias medidas pelo IPCA de 27,2%, perdas essas que chegarão a 26,3% (IPCA acumulado + projeção Focus/Banco Central), somente no governo Bolsonaro (2019-2022), o único a não conceder reajuste geral ao funcionalismo federal nos últimos 20 anos, aprova o seguinte calendário de mobilização:

1) as duas primeiras semanas de janeiro, para cumprir as formalidades visando à deflagração de paralisação ou greve: levar demandas aos órgãos competentes, demonstrar que foram frustradas as tentativas de negociação, publicar convocações de assembleia no Diário Oficial da União, realizar assembleias de cada categoria (10 a 14 de janeiro);

2) neste período, promover entregas de cargos em comissão, nos órgãos de atuação, e manifestações diversas do funcionalismo;

3) 18 de janeiro – realização de um Dia Nacional de Mobilização;

4) 25 e 26 de janeiro – realização de dois Dias Nacionais de Mobilização;

5) primeira semana de fevereiro – realizar novas assembleias gerais para deliberar sobre greve geral.

 





    

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