DA REDAÇÃO
A Advocacia-Geral da União (AGU) se posicionou contra a Súmula Vinculante nº 4, proposta pela Defensoria Pública da União para responsabilizar solidariamente estados e municípios no fornecimento de medicamentos e tratamento médico a pacientes carentes. Na avaliação da AGU, as decisões que determinam o fornecimento de medicamentos e a realização de tratamentos sem observar as políticas públicas existentes atualmente são ilegais.
A Secretaria-geral de Contencioso da AGU solicitou a não edição da súmula, por entender que é inconstitucional o bloqueio de verbas estatais, "por afronta ao regime de precatórios, a submissão do poder público ao orçamento e ao direito à vida dos demais usuários do Sistema Único de Saúde (SUS)".
Outro ponto da súmula que a AGU contesta é a inexistência de responsabilidade solidária no âmbito do SUS. "Uma vez que a Constituição Federal pauta-se em descentralizar o Sistema e em repartir as atribuições entre os diversos estados e municípios", afirma o órgão.
A AGU reconhece que a população tem direito à saúde, mas lembrou que as políticas públicas nessa área dependem da disponibilidade de recursos. Por isso, a súmula vinculante poderia aumentar o número de processos judiciais para garantir o fornecimento de medicamentos e, assim, prejudicar essas políticas.
Uma vez respeitadas as normas e diretrizes definidas para as ações e serviços de saúde, o Poder Público garantirá com maior efetividade o fornecimento de medicamentos e a realização de tratamentos pelo SUS.






















